NBA Portugal

Fujamos um pouco ao assunto que deu origem a este blog, a NBA.
Na verdade, nada com interesse realmente relevante acontece actualmente na América, apenas Shaq com as suas habituais loucuras e uns vídeos de training camps aqui e ali.

Mas repito, fujamos um pouco. Apenas um pouco, claro, porque o assunto continua a ser tratado por jogadores com presença marcada na próxima época da liga americana.

Será já esta noite que, em Katowice, na Polónia, se desenrolará a aguardada final do Eurobasket, disputada entre a Armada Espanhola e a Sérvia.
É com a regularidade de Nenad Krstic (poste dos Oklahoma City Thunder) e um Milos Teodosic em grande forma depois de uma fantástica performance perante a Eslovénia na meia final (marcou 32 pontos na vitória por 96-92) que os sérvios pretendem combater a poderosa La Roja dos manos Gasol, de Rubio, Navarro, Garbajosa, Rudy Fernandez, todos eles com passagens mais ou menos breves na liga que nos prende a atenção ano após ano (com excepção para Rubio, que apesar de ter sido draftado ainda terá de esperar uns anos até se poder estrear), sendo que a maioria continua a marcar uma era em que a presença de jogadores internacionais se torna algo cada vez mais comum.

Na altura em que as primeiras impressões já foram ultrapassadas, pode-se dizer que este foi mais um Eurobasket, onde talentos se revelaram, onde jogos emocionantes aconteceram, onde muito sucedeu. Amanhã, por esta hora, sérvios ou espanhóis estarão a festejar um título, tarefa que poderá tornar-se mais árdua para a Sérvia, considerada o "underdog" desta final, mas é disso mesmo que se trata, uma final, e aqui é cada um por si, onde tudo pode acontecer.

Já muito se falou das equipas que melhor se movimentaram este Verão. Este é o momento, portanto, a meu ver, indicado para se debater qual foi a que pior se movimentou.
E é lógico para mim que se trata do colectivo de Memphis.

Os fãs mais distraidos dirão "então e aquelas equipas que só trocaram por dinheiro?" ou "Iverson e Zach é mau?". Pois bem, fizeram muito, mas muito pior que as restantes equipas. Isto explica-se por um motivo bastante simples, o Iverson e o Zach, individualmente, podem ser até fortes, mas os Memphis são uma equipa em evolução, com jovens que precisam de bons líderes para servirem de role models e, julgo que qualquer um dirá o mesmo, o Iverson e o Zach não são, de longe, os exemplos que OJ Mayo e Rudy Gay (para citar dois exemplos claros) precisam para evoluir no seu jogo. Não reduzem a folha salarial. Não são bons modelos para os mais jovens. Não estão no auge das carreiras. Não trazem... nada. Alias, trazem, umas centenas de bilhetes de época e outros tipos de merchandising, mas valerá a pena?

Numa equipa prestes a completar 15 anos de história, o principal objectivo parece ser o lucro imediato. Sem grandes perspectivas futuras, agora que estes dois egos se juntam aos jovens, o que espera os Memphis está ainda desfocado, mas parece claro que, a menos que surjam medidas drásticas, não será nada de brilhante, correndo o risco de se manterem no conjunto de equipas que lutam ano após ano por uma boa escolha no draft.

Chegamos à resposta que todos querem. Os prémios individuais são sempre apetecidos, mas no final é o prémio colectivo. O que todos lutam perto de 100 jogos para alcançar.

Os Lakers não serão campeões se jogarem como a época passada com o aumento de competitividade no Este, mas serão mais que capazes de voltar a levar o troféu, visto que Bynum mal contribuiu o ano passado e ainda melhoraram a defesa com a aquisição de Ron Artest.Apenas 1 voto é o que separa estas duas equipas na previsão do sucesso. Isto mostra que apesar de os Lakers contarem com um plantel mais completo, LeBron tem evoluído de tal forma e é tão bom a tornar os que o rodeiam melhores que muitos acreditam que este pode ser o ano do próximo passo lógico na carreira de King James, o título. A aquisição de Shaq, uma força enorme no balneário tanto de liderança como de brincadeira, irá encaixar como uma luva na mentalidade de gozar o jogo, mas que quando é altura de trabalhar, as caras tornam-se sérias e dá-se tudo o que tem em prol da equipa.Os Spurs têm muito talento, mas alguns factores terão de entrar em prática. O Big Three de San Antonio tem de se manter longe de lesões, R. Jefferson poderá dar o seu contributo importante à equipa e DeJuan Blair e George Hill são jovens com energia e inteligência para sair do banco. Isto aliado a McDyess que chega cheio de vontade, poderá resultar no destronar dos Lakers. Será difícil, mas nada impossível.O Big Three é agora o Big Four com a chegada de Rasheed Wallace. Têm na veterania dos seus jogadores e a vontade de escreverem mais uma página no longo historial da equipa de Boston os seus maiores trunfos para conseguirem o troféu que lhes pertenceu há 2 épocas.Trocou-se Hedo por Vince Carter, mantém-se o Defensive Player of the Year, foram às finais sem o Point Guard titular, têm em Rashard Lewis um Forward All-Star e um plantel com profundidade. O que há para não gostar? Partem em desvantagem em relação aos outros tubarões, mas podem muito bem voltar ao palco das finais do ano passado.

Retirou-se um dos mais respeitados e odiados jogadores da NBA.

Bruce Bowen, livre desde que foi libertado pelos Bucks, decidiu colocar um ponto final numa carreira cheia de sucessos e controvérsia.

Iniciou a sua carreira profissional em França, no Le Havre. Após representar várias equipas naquele país, seguiu em 1997 para a principal liga americana onde, até 2001, representou os Miami Heat (em 1997 e em 2000-01), os Boston Celtics (1997-99) e os Philadelphia 76ers (1999-00), sem nunca ter grande sucesso, exceptuando na última época de todas, ao serviço dos Heat, onde jogou em todos os jogos sendo titular em 72. Neste momento era já reconhecido como um bom defensor.

É então que, em 2001, chega aos San Antonio Spurs pela mão de Gregg Popovich. Aqui fez uma carreira como poucos. Não era um scorer, não ressaltava, não assistia, era um péssimo lançador de lances livres, a única coisa que aparentava fazer era meter uns triplos. Digo aparentava porque os números não são tudo. Entre 2001 e 2009, Bruce tornou o trabalho invísivel em algo muito visível. A sua agressividade (por vezes desmedida) e inteligência anulou alguns dos melhores jogadores da liga. Desde 2001 até 2008 foi sempre nomeado para a primeira ou segunda equipas defensivas da NBA, o que diz muito da sua capacidade defensiva. Outro factor que o demonstra foram os 500 jogos consecutivos a titular que fez, mostrando que mesmo não sendo um go to guy, não era um jogador dispensável para Popovich. Na offseason de 2009 fez parte do pacote que levou Richard Jefferson para os Spurs. Semanas mais tarde acertou a rescisão com os Bucks, decidindo agora que chegou o momento para um jogador que ficará na história como um dos melhores defensores que a liga já testemunhou, além das suas outras "façanhas".

É altura de perguntar aos especialistas o que todos querem saber: Com a free agency de 2010 a chegar, para onde irão algumas das muitas estrelas que ficarão livres?

Hoje veremos onde ficará provavelmente LeBron James.

Cleveland (38 votos)

Após os vídeos das melhores jogadas globais da liga, vamos agora aos tops de alguns dos jogadores mais espectaculares da liga:

Enquanto se fazem previsões para a próxima época, arranja-se algum tempo para rever o que de melhor se fez o ano passado. Aqui vão os principais tops de jogadas da última época:

Chega a altura de um dos prémios mais esperados da NBA. É o prémio dado ao jogador que mais se distingue pela contribuição que dá à equipa e pela qualidade que demonstra em campo.

LeBron James
LBJ foi finalmente coroado o rei da época regular, vencendo o prémio de MVP depois de finalizar as últimas 5 épocas em nono, sexto, segundo, quinto e quarto lugares na votação para o prémio. Cleveland conseguiu 66 vitórias e talvez seja preciso repetir a dose para que LBJ consiga o segundo troféu Podoloff. As expectativas estão altas com a aquisição de Shaq e com o verão de 2010 a chegar, no entanto, mais de metade dos votantes acredita que LeBron James continuará o seu reino de MVP.


Kobe Bryant
O MVP de 2008 acabou em 2º o ano passado, liderando os Lakers a 65 vitórias, apesar dos seus números terem baixado um pouco. No entanto, em Junho, provou que ainda está no topo ao ganhar o seu 4º troféu de campeão e o MVP das finais. Embora Kobe enfrente novos desafios com Ron Artest à mistura, 9 dos especialistas acham que Kobe vai ser MVP pela 2ª vez.


Dwyane Wade
Embora os Heat tenham vencido apenas 43 jogos, Wade ficou em 3º na votação para MVP. Isso mostra o quão impressionante foi Wade ao liderar um plantel jovem até aos playoffs. Conseguirá ele levar os Heat a novos patamares? Será basicamente o mesmo plantel e com o segundo melhor jogador Beasley a enfrentar problemas fora de campo, mas 6 votantes pensam que ele conseguirá erguer o prémio de MVP no fim da época.